quarta-feira, 19 de agosto de 2020

VOLTEI?

Esse post é apenas um ensaio de uma eventual volta. Sei que blogs não geram mais o engajamento de antes mas ter um espaço para se expressar e poder trocar idéias com outras pessoas. 

Agora quero ampliar um pouco o conteúdo que me propus a fazer. Falar de música me diverte, vivo música, mas acredito que tenho mais a falar. A vida tem sido bem diferente da época que iniciei aqui, então vamos tentar.

Por do sol em Parauapebas - PA - Lago Nova Carajás - YouTube

quinta-feira, 17 de abril de 2014

RESENHA - LOUDER - LEA MICHELE

Para dar continuidade as resenhas, venho falar do “Louder”, da Lea Michele, que para surpresa de muitos está bem acima das expectativas. Espero não ser muito negativo na minha avaliação, até porque gostei do CD, venho escutando ele a um mês direto, e posso garantir que me surpreendi muito de um CD que não esperava muito.  


01. CANNONBALL
Música composta por Sia Furler, e como tudo que ela tem produzido ultimamente tem aquela pegada com começo calminho e explode em um refrão pra lá de original. Claro que a música nunca teve apelo para single, afinal, não é uma farofa e nem pretendia ser, até porque não se encaixa na proposta do CD ao meu ver. Gosto da música, mas ela é para ouvidos mais atentos, pois como citei acima, ela é uma coisa que se parece muito mais com a Sia do que a Lea, apesar de achar que ela também não seria a ideal para abrir o álbum, a seguinte sim, tinha tudo para ser primeiro single e iniciar o CD.


02. ON MY WAY
Tá ai uma música que é uma produção pop redondinha. Tenho quase certeza que muita coisa que esta no “Louder” cairia muito bem na voz da Kelly Clarkson. Só que esta será uma das poucas faixas animadas do CD, então aproveite para curtir ela e se preparar para entrar na verdadeira faceta deste CD, algo que não é ruim, pelo contrário, é o real motivo dele valer a pena.

03. BURN WITH YOU
As duas primeiras faixas são apenas uma pequena amostra da versatilidade que a Lea Michele é capaz de reproduzir, afinal ela é uma cantora experiente em musical, assim, é imprescindível que a mesma seja boa em diversos estilos. Mas quem acompanha musicais, sabe que muitas das produções carregam uma dose de dramaticidade nas interpretações, isso acaba por se torna um “vício”, podemos assim dizer, e Lea tem muito disso. Qualquer balada na sua voz não saíra menos que impecável. Nesta faixa, além de muita dor e drama na interpretação, Lea carrega uma letra nada menos que pesada se não conhecermos sua história anterior ao CD. A mesma perdeu seu noivo, companheiro do seriado Glee, daí é fácil entender e se envolver nessa música que considero uma das mais bonitas e sinceras declarações de amor que já ouvi.

04. BATTLEFIELD
Depois de soltar seus vocais em notas altas, é hora de parar e refletir. Em tons bem abaixo das músicas anteriores, levamos um choque pela baladinha intimista e não menos dramática. É outra declaração ao seu amado. Confesso que mesmo escutando diariamente, essa é umas das músicas menos me identifico. Sempre pulo, porque acho uma das mais negativas, e quebra a sequência. Recomendo programar ela nas ultimas da sua playlist, não causará tantos danos.

05. YOU’RE MINE
Para mim, “you’re mine” é um respiro, a retomada de fôlego do CD. Quando parece que a coisas iriam ficar down, ela vem e muda as coisas. A letra simples e até clichê na sua repetição, mas tem uma atmosfera incrível. É cansativo ver alguns cantores abusando da sua potencia vocal, mas nesta música é impossível não se apaixonar pela declaração de amor. Simples, porém faz dela uma das minhas favoritas.

06. THOUSAND NEEDLES
Ao contrário de “Battlefield”, considero esta faixa de mais fácil digestão. Primeiro que é impossível não visualizar essa música na mente, a dor da separação, a sensação de “mil agulhas” perfurando o peito, a identificação é imediata. É o tipo de balada que marca muito ainda mais se você esta em uma situação que é narrada na letra, e mesmo quem não esta vai gostar dos vocais dela aqui, super recomendo, preferida do álbum.

07. LOUDER
Depois de tanto sofrimento, precisamos melhorar o clima do CD. A faixa que dá título ao CD, é muito boa, vem da mesma safra de “On my way”, para cima, produção redondinha, da pra cantar juntos com os amigos, fazer flash mob (risos), dublar no banho, é o tipo de faixa hibrida, tem uma vibe tão legal, que acho difícil alguém não gostar dela. Ah e os vocais da Lea estão em um ponto que considero ideal, aproveita todo seu potencial vocal e ainda pode conquistar as rádios caso vire single.

08. CUE THE RAIN
Como já falei antes, para quem conhece a história da Lea vai entender porque desta faixa. Outra música que fala muito dos seus sentimentos pelo noivo. Mas continuo com a impressão que a Kelly Clarkson seria ideal pra essa música. Considero ok, mas não acrescenta muito ao que já foi exposto.

09. DON’T LET GO
A música é uma tentativa de manter o álbum audível até o final, é gostosinha de ouvir, a letra achei meio desconexa, não fala muita coisa, mas parece um devaneio sobre a liberdade, um sonho de liberdade. E vamos combinar, a Lea continua a falar de sombras nessa música. Se você chegou até aqui, fique pois vale apena.

10. EMPTY HANDED
De mãos vazias, e com muita vulnerabilidade, daqui em diante teremos uma parte do CD mais tocante e limpa, tanto em letras e melodias. Muitas pessoas talvez não consigam chegar até o final deste CD. E aos que conseguirem, peço cuidado para não jogar fora a audição da parte mais legal. Essas baladinhas que colocaram no final da tracklist, não foram apenas para preencher espaço. Pelo contrário. Em tons bem mais abaixo, até esquecemos que estávamos no “Louder”,  e nesta primeira amostra temos Lea mais intimista, quase nostálgica, me lembrou muito Alannis Morrisete, ou seja, a faixa é muito especial, sem excessos e soa mais honesta que as primeiras, sem drama, tudo na medida.

11. IF YOU SAY SO
Fico emocionado quando escuto essa música. Apesar de achar as vezes que ela força um pouco a letra para se encaixa na melodia. Linda, posso resumir ela. É como se ela contasse uma passagem em que se declara para seu amado. É muito emocional mesmo. Faz lembrar dos amores que passam pela nossa vida, ou pelo que você tem neste momento, quando se declaram. Recomendo.

12. WHAT IS LOVE?
Já chorei algumas vezes ouvindo essa pergunta. “o que é o amor”? Quando mais inexperiente nas minhas relações escutava de meus parceiros, que um dia amaria alguém de verdade para saber o que é amor de verdade, e aí sim, daria mais valor. Isso é muito forte, e creio que muitos, se não a maioria passará por isto. A música faz essa pergunta de uma forma tão contundente, e nos faz refletir. A interpretação faz dessa na minha humilde opinião, a melhor faixa do CD inteiro. Simples, porém direta, interpretação impecável, é uma faixa que tem muito haver com a Lea e inclusive, tira a impressão que ela esta cantando uma música de outro artista, tem a marca dela.

13. GONE TONIGHT
Considero esta uma das faixas que tem muitas influências. Mas não apenas musical, mas na forma como alguns CD são produzidos. A percussão bem marcada, refrão fácil, fazem ela soar como uma faixa bem familiar, e se comparada com a anterior  em que há uma entrega maior, essa a Lea apenas entrega muito bem seus vocais, é boa, não merecia esta entre as músicas da versão Standard.   

14. THE BELLS
Essa música traduz um dos planos de Lea quanto a se casar. A ideia vai se perdendo a medida que ela não pode realizar esse desejo, o motivo já sabemos. Tem muito mais a ver com ela do que falar com as pessoas através de sua música. Não entrou na track principal, pois além de não ter tanto potencial, soa comum e não causa tanta identificação, nesse aspecto.


Posso afirmar que esse CD esta longe de ser uma perfeição, ele tem seus altos e baixos, é mediano se pensarmos que vindo de uma artista que tem pouco tempo de estrada como artista solo. Talvez se não tivesse acontecido essa tragédia na vida dela, haveria mais espaço para celebração e coisas mais positivas, mesmo nas faixas mais animadas, Lea soa muito triste. Seu histórico no seriado pouco influência suas músicas, tanto que ela não se arriscou em muitos estilos, ficou entre as baladinhas e pop para rádios. Essa falta de versatilidade de estilos não é ruim, até porque mesmo as cantoras que flertam com dez estilos no mesmo CD as vezes não alcançam nenhum público pelo simples fato de não ter foco.

Determinado um estilo, podemos dizer que ela dificilmente falara de sexo, ou terá letras de duplo sentido para conquistar as rádios. Soar autentica será um desafio e tanto para Lea, pois ela ficou marcada por interpretar músicas conhecidas, e tirar essa impressão que tudo que ela canta é parecido com outro cantor, ou que esta cantando algo que não é seu. Seu timbre é muito bom, gostoso de ouvir, apesar de em alguns momentos ela sofrer do mesmo problema da Aguilera, em abusar de notas altas, tudo bem querida, sabemos que você canta muito, mas nossos ouvidos agradecem quando você canta baixinho também, alias, minhas faixas preferidas são essas, quando ela da sua melhor interpretação e potencial vocal na medida.

Espero que o CD ganhe uma boa divulgação, e clipes melhores que o de “Cannonball”, e que alguma faixa consiga projetar ela para o grande público, afinal ela merece, mesmo que o público as vezes não seja capaz de acolher artistas tão bons como ela.

Preferidas do blog:
02. ON MY WAY
03. BURN WITH YOU
05. YOU’RE MINE
06. THOUSAND NEEDLES
07. LOUDER
11. IF YOU SAY SO
12. WHAT IS LOVE? (merece ser single)






domingo, 23 de março de 2014

DICA - RUPAUL - BORN NAKED



ISTO É UMA EMERGÊNCIA!!! Se você não conhece a maior Drag Superstar do mundo, então acorde, e melhor, escute o seu novo trabalho, atenção, é obrigatório para quem sonha um dia participar do seu reality, tem que esta com todas a músicas no ponta da língua para dublar por suas vidas, caso não, escutará SHASHAY AWAY...

TRACKLIST:

1."Freaky Money" (featuring Big Freedia)3:03
2."Sissy That Walk"  3:32
3."Geronimo" (featuring Lucian Piane)3:42
4."Dance With U"  3:52
5."Adrenaline" (featuring Myah Marie)4:32
6."Can I Get An Amen" (featuring Martha Wash)3:28
7."Fly Tonight" (featuring Frankmusik)4:08
8."Modern Love"  4:49
9."Let The Music Play" (featuring Michelle Visage)3:46
10."Born Naked" (featuring Clairy Browne)

Queridinhas do blog: "Sissy That Walk", "Dance With U" e "Fly Tonight"


A DÍFICIL MISSÃO DE ENTENDER A MÚSICA

Imagem do Laranjas Baia - figura divertidíssima da internet e seus "causos" 

Este texto é uma reflexão, não é a verdade absoluta, pretendo dar continuidade, aguardem!

Quando um artista ganha estatus de ícone mundial, existem muitas cobranças e responsabilidades a serem cumpridas. É até compreensível que depois de grandes sucessos, muitos artistas enfrentem uma ressaca, afinal sua imagem fica bastante arranhada depois de tanta exposição. Na maioria dos casos muitos não aguentam a pressão pela produção de um sucesso, a pressa e a tentativa de pegar carona nos ritmos do momentos soam como desespero para se manter em evidência. Pode dar certo ou não.

Alguns artistas, que conseguem imprimir uma marca, acabam pecando por não se reinventar, ficam perdidos reciclando o que de melhor fizeram para não perder sua fanbase. Percebam como é uma coisa tão complexa e ao mesmo tempo difícil para um artista conseguir manter o que conquistou.

Considero que lançamentos com grandes espaços de tempo, prejudica muito,  pois tira o foco do artista, mesmo que esteja em turnê, a falta de material novo faz o público esfriar. Grandes flops da industrial musical aconteceram por conta disso, vou citar dois, O "Bionic" da Christina Aguilera e "Spirit Indestructible" da Nelly Furtado, ambas são consideradas talentosíssimas, ninguém duvida disso, esses CDs citados, são um dos melhores de suas carreiras, pois foram concebidos sem pressão de tempo e tinham total liberdade de criação, dados fato que elas vinham de trabalhos bem sucedidos.

Porém, nenhum deles deu o retorno esperado por elas e suas gravadoras, aí esta um dos pontos que coloquei. Se na época de maior divulgação suas imagens estavam desgastadas, porque sua ausência, não provocou uma explosão de vendas quando seus trabalhos foram lançados? A resposta é simples, os dois CDs, foram lançados depois de quatro anos, ou seja, muita coisa tinha mudado, e por mais que elas viessem com novas propostas e até com músicas de sua zona de conforto, as pessoas dificilmente iriam se lembrar das duas. As coisas esfriaram, e a crítica não perdoou o fracasso, e nada que fosse colocado em prática surtiria efeito.

Entra em questão a escolhas feitas, se ambas tinham músicas com potencial para as rádios, porque não abrir mão desse precedente para conseguir emplacar o CD? Como fãs ficamos chateados quando a nossa música preferida não vira single, ou pelo menos ganha um clipe, faz parte desse mundo. As vezes a pressão do público pode influenciar a gravadora ou não, mas só fanbase não garante sucesso de um artista, eles tem que parecer bom não só para sua platéia, mas para o grande público em geral, que mesmo que não se torne fã de carteirinha, vai comprar aquela idéia.

Para alguns esse tempo é necessário, vejam Nick Minaj, ela se transformou grande na música, lançou um CD que não teve lá essas repercussões, mas abriu espaço dentro do seu estilo, e fez o que muitos julgaram errado, dividiu um mesmo CD em duas metades distintas, o que ela gosta e sabe fazer e a outra que agrada a massa, resultado, o trabalho rendeu bons sucessos, arranhou sua reputação como rapper, mas em contrapartida, tem figura cativa na mente das pessoas, pois se faz presente e ativa na divulgação de seus trabalhos.

Me incomoda a preguiça ou sei lá que faz alguns artistas a não dar continuidade no que sabem fazer. Talvez a agenda corrida, compromissos, pressões atrapalhem, temos que ser honestos, são seres humanos, precisam de descanso, mas se fizerem apenas pelo dinheiro, que seja ao menos competentes com Rihanna e Katy Perry da vida, não ligam muito se estão fazendo por prêmios e ou porque são super cantoras, mas são atuantes e querem o melhor para se manter em evidência. Caso não queiram fazer música ou viver disso queridinhas e queridinhos, deixem pra profissionais, e  se espelhem em uma Beyoncé, essa sim, vive música.

ANALISE - KYLIE MINOGUE



Todo gay tem uma DIVA, isso é fato. Não vou nem discutir o que uma deve fazer para se tornar uma ou comparar umas as outras, isso vai mudar de acordo com cada pessoa, mas ao meu ver ela tem que inspirar, seja pela sua personalidade, letras das músicas, roupas, coreografias, enfim, uma série de fatores que fazem seu público a seguir.

Minha DIVA, pode perguntar para quem quiser desde sempre, é a Kylie. Não escolhi segui-la, foi uma coisa natural, pois tudo que envolvia seu nome, musicas, vida pessoal me chamava atenção, sua música é uma qualidade ímpar. Daí em diante foi um pulo para me tornar fã mesmo, desses de correr atrás de tudo, CDs, clipes, imagens e fatos sobre ela, e a cada nova descoberta tinha mais certeza da minha admiração. Acredito que isso de empatia com uma pessoa que você nem conheça é algo tem motivação apenas pessoal, mas também é um estímulo para continuidade da sua figura amada.

Conheci Kylie naquela época de seu maior destaque a nível mundial. "Can't Get You Out of My Head" a tornou conhecida, foi uma loucura na época pois uma artista com tanto tempo de carreira, só naquele momento tinha alcançado seu melhor desempenho. Pesquisando mais coisa sobre ela e escutando seus trabalhos anteriores ao seu de maior destaque, percebi que houve uma mudança que nem considero sutil, e sim brusca, tanto na atitude dela quanto no seu jeito de cantar.

Antes a Kylie cantava mais "grosso", até brinco, que seu tom era feio, mas para aquele contexto dos anos 90 fazia muito sentido, além de que ela tinha uma imagem meio de "boneca intocada", era charmoso, mas como sabemos, no início dos anos 2000, nenhum artista com essas características sobreviveria. Veja a Britney Spears, de lolita virgem, se transformou em uma imagem sexy assim como sua música. Considero que a mudança no jeito dela cantar foi fundamental, não ignoro a discografia dela antes disso, mas considero que ela sempre esteve a sombra da Madonna, sempre tentando fazer aquilo que ela já tinha feito.

As mudanças não se restringiam apenas as músicas, mas apelo visual, saí de cena a menina e entra a mulher sexy. Há uma diferença muito grande entre sexy e vulgar, e isso admiro em uma mulher quando ela consegue esbanjar sensualidade sem parecer uma piranha, e cantando com aquela voz suave e estridente, não tinha como não se apaixonar por ela, era ao mesmo tempo minimalista e provocativo, pois rompia com as divas 90's de gritos e vozes esganiçadas. Estava sendo recriada a música eletrônica, Kylie Minogue estava se reinventando, desta vez estava criando a imagem que muitos de nós lembram até hoje, sou dessa época de ouro dela.

Não aproveitar aquele momento seria péssimo para sua carreira, então nada de ser uma "one hit wonder", o CD "Fever" trazia consigo outras cartas na manga, e mesmo que outras músicas não alcançassem o mesmo sucesso de seu carro-chefe, ainda assim a manteriam em evidência. "Love At First Sight", "In Your Eyes" e "Come Into My World" eram um sopro de vitalidade para sua carreira e para as paradas mundiais, alguns artistas pecam pelo excesso por tentarem ser diferentes, mas Kylie conseguia ser diferente e isso feito com a competência dela tornou-a uma grande artista.

Tudo que descrevi até aqui é só uma breve parte de tudo que ela produziu, pois ela tem 25 anos de carreira, ou seja, além de muitos CDs, existem muitas histórias por trás de cada lançamento. Vou me focar no próximo texto apenas em seu novo álbum, "Kiss me once", é uma celebração a própria Kylie Minogue, cheio de referências a ela mesma, moderninho, sexy e na medida certa. Quem tinha ficada meio na dúvida com ela depois do "Aphrodite", pode acreditar, ela não veio pra brincar nesse novo trabalho, mesmo que julgou o CD ao flop, garanto, é um dos melhores da sua carreira. No próximo texto, temos a resenha música por música, até lá!


quinta-feira, 13 de março de 2014

EM BREVE RESENHA DO "LOUDER" DA LEA MICHELE

Para quem não acreditava nela, ta aí uma prova, entre os CDs mais vendidos e uma ótima estreia.

HOT 200 DA BILLBOARD:
1. “Mastermind” – Rick Ross
2. “G I R L” – Pharrell Williams
3. “Frozen” – Frozen (Trilha Sonora)
4. “Louder” – Lea Michele
5. “10.000 Towns” – Eli Young Band

Para quem curtiu Glee, é quase obrigatório escutar esse CD. E para quem não conhece, é uma ótima oportunidade para ver uma grande artista começar a crescer e com amplas possibilidades de se adaptar, visto que é um trabalho que além de carregar uma carga de dramaticidade muito grande, também traz elementos dos musicais dos quais Lea, assim como no seriado, costumava usar. Isso pode afastar alguns nas primeiras audições, mas diante mão recomendo, estou preparando uma excelente resenha!


terça-feira, 11 de março de 2014

RESENHA - BRITNEY JEAN






Vamos direto ao ponto. Se você esperou por CD com batidas que acompanham as tendências musicais, vai encontrar o que busca e ao mesmo tempo não também. Primeiro porque o CD cumpre bem bem as cotas de musicais essenciais, indo das eletrônicas, baladinhas até as urbans sem muitos traumas. Talvez a expectativa em torno deste lançamento estragou um pouco da magia do trabalho da Britney, mas em anos, foi a primeira vez que vi algo bom vindo dela.

01 - ALIEN
De cara a música soa meio experimental, e pra começar o álbum parece lenta. Mas aí que esta o charme da faixa, ela funciona depois de algumas audições mais atentas, é necessário captar o nome da música ao instrumental, a alusão é simples mas considero funcional, demorei para a gostar da faixa, mas é uma das minhas preferidas. Quando falaram que esta seria uma parceria com Lady Gaga, não me empolguei muito, mas a letra caberia perfeitamente no contexto do seus Litlle Monsters, faz muito sentido. 

02 - WORK B$#CH
Esse clubbanger é poderoso, é um bate cabelo irresistível, pronto pra por abaixo qualquer pista. A ausência de uma letra em si mais forte não compromete, mas a repetição de algumas frases e as batidas recicladas logo farão você esquecer a faixa. É boa mas, dificilmente você conseguirá escutá-la sem ativar o modo Swag. Foi feita para aproveitar carona de "Scream & Shout", contudo a faixa não decolou como esperavam...

03 - PERFUME
Qual a solução que encontraram? Lançar uma baladinha para apagar da memória o fiasco anterior. Bom, se o público já não tinha dado muita bola pra música anterior, porque se interessariam agora? "Perfume", foi a faixa que quando escutei, me apaixonei de cara, primeiro porque tenho uma queda GRANDE pelo que a Sia Furler cria, e outra, a Britney canta minha gente. Oh my God! Sim, apesar de saber que possa ter tido o uso de auto-tune na faixa e correções, é uma faixa de estúdio, precisa ser trabalhada. O timbre que ela usa, o esforço que faz pra cantar, me faz sentir emoção nessa faixa, coisa que não tinha em seus trabalhos há muito tempo. Fico pensando nela cantando essa música AO VIVO, dando tudo de si pra se aproximar da versão gravada, seria emocionante -_-.....

04 - IT SHOULD BE EASY (Feat - Will.I.Am)
Não quero parecer chato, mas essa música não tem muita coisa pra contribuir pro CD. Achei preguiçosa e reciclada. Will.I.Am como produtor deixou a desejar. A impressão que ficou foi que deixaram a música entrar como especie de barganha, pois de Britney essa música não tem nada. Trocaria ela fácil por qualquer uma da versão Delux.


05 - TIK TIK BOOM (Feat. T.I.)
É umas das músicas preferidas dos fãs. Gostosinha de ouvir, e apesar de vários remix excelentes, ainda prefiro ela original. Daria um ótimo single, é diferente, e ao mesmo tempo que não parece ser uma música da Britney Spears, sou mais contemporânea. Seria perfeita para Rihanna, mas fico imaginado isso na voz da Gwen Stefani em carreira solo... Gosto da faixa, merece atenção, da pra cantar junto e sensualizar ao contrário da próxima...

06 - BODY ACHE
ZzzzzzzZZzzzz... Legalzinha, cumpre mais uma cota de faixa pra pista, já praticamente pronta pra isso, só faltou ser mais original, não "Screm & Shout 2.0"... Preguiça define essa música. Parece musica descartada pela Wanessa.

07 - TIL IT's GONE
Podem até dizer que estou me contradizendo, mas essa música ao contrário das outras faixas para pista, é bem mais funcional. Lembra muito as coisas que Dr. Luke fez no "Femme Fatale". A letra é perfeita pra dublar com sua amiga e se jogar como se não houvesse amanhã (clichê). Adoro a música.

08 - PASSENGER
Desacelerando um pouco encontramos uma das pérolas do álbum. Simplesmente AMO essa música. Parceria de SIA (claro tinha que ser ela), Katy Perry, não tinha como dar errado. Pop na medida certa, adoro as mudanças de tom que ela faz, fora que aqui ela canta muito bem, a minha parte favorita é quando a Brit das um gritinho "Now I can just enjoy the riiiiiiiiiiide" rsrsr.

09 - CHILLIN' WITH YOU (Feat - Jamie Lynn)
Fofura essa música. Por mais que você no começo ache essa música chatinha, depois que esse refrão grudar na sua cabeça, será amor pra sempre, impossível esquecer hahaha.

10 - DON'T CRY
Baladinha triste, mas assim como "Perfume" tem um valor fundamental nesse CD. Ela mostra com uma canção pode fazer diferença quando tem uma letra em as pessoas irão se identificar facilmente. Não acredito nela como single, mas seria uma continuação interessante de "Perfume".

11 - BRIGHTEST MORNING STAR (Delux Edition)
Essa é pra cumprir a cota de músicas alto astral/motivacional/pensamento positivo do CD. Acho uma graça essa faixa, fico cantarolando o refrão dela várias durante o dia. Doçura define esta música. AMO!!!

12 - HOLD ON TIGHT (Delux Edition)
Foi uma tarefa difícil chegar até aqui e tudo que Britney quer é se entregar nos braços de seu amor e descansar, e adormecer. A música é bem literal quanto a sua posição do tracklist, fica no finalzinho, só pra curtir e sonhar juntinho... mas antes...

13 - NOW THAT I FOUND YOU (Delux Edition)
MEU DEUS!!! PORQUE NÃO ESCOLHERAM ESSA MÚSICA PRA PRIMEIRO SINGLE? Um minuto de silêncio... Sim, Pitbull e Ke$ha conseguiram um #1 na Billboard com uma música digamos bem fraquinha, mas que felizmente estava dentro da modinha Country-dance, foi fácil assim. Contudo, penso que por serem da mesma gravadora, a idéia de colocar o Pitbull com uma faixa dessa era uma estratégia mais acertada e se Britney lançasse a mesma coisa um poderia apagar o desempenho do outro ou até mesmo dividir a atenção. Letra legal, tem pegada, fecha o CD pra cima, destoa muito das faixas eletronicas, e por isso merece destaque. Adoro a música, não subestime ela, se você chegou até o final do CD não irá se arrepender, e quando montar sua playlist certamente ela será umas das suas primeiras.



Britney Jean como tantos outros CDs lançados ano passado não vai mudar vida de ninguém, contudo, o fato de escrever uma resenha só agora, é justificável pelo fato que, julgar um álbum logo na primeira semana de audição é muito precipitado, e causa julgamentos equivocados. Li algumas resenhas, e como pensava, havia muita expectativa, o que tornou os pensamentos confusos e imediatos demais. Alguns meses depois desse lançamento, percebi que uma proposta que talvez não tivesse o apoio total da gravadora, poderia esta sendo jogada fora.

Ainda acredito no CD. Vejam o "Halcyon" da querida Ellie Goulding, seu relançamento, corrigidos os problemas da primeira versão funcionou muito bem. Relançar um álbum não deve ser uma tarefa fácil, ainda mais porque sabemos que Britney Spears se envolve muito pouco com a produção de seus materiais, ela coloca a voz e seus produtores fazem a mágica acontecer. Falta ainda muita divulgação, sem apresentações na TV e uma Turnê para apoiar a promoção, fica difícil as pessoas que não são fãs ou tem interesse no trabalho dela buscar pela músicas.

No geral, considero um bom álbum. Desses que você escutar e curtir numa boa sem se preocupar em mudar o mundo (Beijos Lady Gaga), pois ele cumpre bem sua função, e de quebra nos traz uma Britney que há muito tempo não víamos. Espero no futuro, ver mais coisas que estão neste CD, como as baladas e menos batidas eletrônicas, caem bem para Britney Spears e podem ditar um novo rumo em sua carreira. Super recomendo este CD.